O que é a Hemodiálise?

A hemodiálise é um procedimento essencial para pessoas que têm doença renal crônica ou insuficiência renal aguda, quando os rins não conseguem mais filtrar adequadamente as substâncias tóxicas do organismo. Durante a hemodiálise, o sangue do paciente é retirado do corpo e filtrado em uma máquina chamada hemodializador, que realiza a função de filtragem e limpeza que normalmente seria realizada pelos rins.

Durante o processo de hemodiálise, o sangue é conduzido através de um filtro especial, chamado de membrana semipermeável, onde ocorre a troca de substâncias entre o sangue e o líquido de diálise. O líquido de diálise contém uma composição específica que ajuda a remover as substâncias tóxicas do sangue, além do excesso de água e sais minerais.

A hemodiálise é geralmente realizada em uma clínica ou hospital, sob supervisão de profissionais de saúde especializados. O tratamento é necessário de forma regular, podendo ser realizado várias vezes por semana, dependendo das necessidades e recomendações médicas de cada paciente.

É importante destacar que a hemodiálise é uma terapia renal substitutiva, ou seja, substitui a função dos rins quando estes não estão funcionando adequadamente. Outras opções de tratamento incluem o transplante renal, que envolve o recebimento de um rim saudável de um doador compatível, e a diálise peritoneal, que utiliza a cavidade abdominal como local de filtragem do sangue.

Cada opção de tratamento tem suas indicações e particularidades, e a escolha é feita de acordo com a condição do paciente, avaliação médica e disponibilidade de recursos. O objetivo é proporcionar uma melhora na qualidade de vida e manter o equilíbrio do organismo quando a função renal está comprometida. Caso esteja precisando de tratamento acesse : https://nefromed.com.br/

Quem precisa fazer o tratamento de hemodiálise?

As pessoas que precisam realizar a hemodiálise são aquelas diagnosticadas com a insuficiência renal ,insuficiência renal crônica é uma condição em que os rins gradualmente perdem sua capacidade de filtrar e eliminar as substâncias indesejáveis do corpo. Nos estágios iniciais da doença, os rins podem apresentar uma perda de função significativa, mas muitas vezes não apresentam sintomas perceptíveis.

À medida que a doença progride e os rins continuam a perder função, os sintomas começam a surgir. Alguns dos sintomas mais comuns da insuficiência renal crônica incluem fadiga, fraqueza, falta de apetite, náuseas, vômitos, dificuldade para dormir, alterações urinárias (como aumento ou diminuição da frequência urinária) e retenção de líquidos, resultando em edema (inchaço) nas pernas, tornozelos ou ao redor dos olhos.

Quando a função renal cai para menos de 10%, a hemodiálise é necessária para ajudar a manter o equilíbrio das substâncias essenciais no organismo. A hemodiálise é um tratamento vital que remove as substâncias tóxicas do sangue, ajuda a controlar o equilíbrio de eletrólitos e fluidos e melhora a qualidade de vida das pessoas com insuficiência renal crônica.

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da insuficiência renal podem ajudar a retardar a progressão da doença e oferecer melhores opções de tratamento, como a hemodiálise, o transplante renal ou outras terapias renais substitutivas. É fundamental que as pessoas estejam atentas aos fatores de risco da doença, como diabetes, hipertensão arterial, histórico familiar de doença renal e idade avançada, e realizem exames médicos regulares para monitorar a saúde dos rins.

Como funciona o tratamento?

Durante a hemodiálise, o sangue do paciente é direcionado para o dialisador (rim artificial) através de um acesso vascular, que pode ser um cateter ou uma fístula arteriovenosa.

O cateter é um tubo flexível que é inserido em uma veia central, geralmente no pescoço ou na região da virilha. Ele permite a retirada e o retorno do sangue durante a sessão de hemodiálise. No entanto, o cateter é geralmente utilizado como uma opção temporária, pois está associado a um maior risco de infecções.

A fístula arteriovenosa, por outro lado, é uma ligação cirúrgica criada entre uma artéria e uma veia, geralmente no braço. Essa conexão permite um fluxo sanguíneo adequado para o dialisador durante as sessões de hemodiálise. A fístula arteriovenosa é considerada a melhor opção de acesso vascular, pois tende a ser mais duradoura e tem menor risco de complicações.

Uma vez que o sangue entra no dialisador, ocorre a troca de substâncias indesejáveis e excesso de fluidos por meio de um processo chamado difusão e ultrafiltração. O dialisador é composto por uma membrana semipermeável, que permite a passagem de substâncias como ureia, creatinina e excesso de água do sangue para uma solução de diálise. O sangue limpo é então devolvido ao paciente.

Esse processo de filtragem e limpeza do sangue é repetido várias vezes durante a sessão de hemodiálise, geralmente com duração de algumas horas. A frequência e a duração das sessões podem variar de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

Quais os riscos?

O tratamento de hemodiálise a longo prazo pode levar a complicações em vários sistemas do corpo, incluindo o sistema cardiovascular e os ossos. A dieta desempenha um papel importante na qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise.

No sistema cardiovascular, as complicações podem incluir hipertensão arterial, aumento do risco de doenças cardíacas, como doença arterial coronariana e insuficiência cardíaca, e aumento da espessura das paredes das artérias (aterosclerose). Isso ocorre devido a alterações nos níveis de líquidos e eletrólitos no corpo, bem como acúmulo de produtos metabólicos que não são adequadamente filtrados pelos rins.

Para controlar essas complicações cardiovasculares, é essencial que os pacientes em hemodiálise sigam uma dieta adequada, com restrição de sódio, potássio e fósforo. Além disso, o controle da pressão arterial e a manutenção de um peso adequado também são importantes.

No caso dos ossos, a insuficiência renal crônica pode levar a distúrbios no metabolismo do cálcio e do fósforo, resultando em desequilíbrios no tecido ósseo. Isso pode levar a complicações como a doença óssea renal, osteoporose e calcificações em tecidos moles. Para prevenir essas complicações, os pacientes podem receber suplementos de cálcio e vitamina D, além de evitar alimentos ricos em fósforo.

Além da dieta, os pacientes em hemodiálise também podem receber medicações e outros tratamentos para gerenciar essas complicações e garantir a saúde cardiovascular e óssea.

É importante ressaltar que cada paciente é único e requer uma abordagem personalizada no tratamento da insuficiência renal crônica e na hemodiálise. É fundamental que os pacientes sigam as orientações médicas, nutricionais e de estilo de vida recomendadas para minimizar as complicações e melhorar a qualidade de vida.

O tratamento pode causar desconfortos ou dores?

O início do tratamento de hemodiálise pode ser desafiador, pois o corpo está se adaptando a um novo processo de filtragem e equilíbrio de substâncias no sangue. Alguns desconfortos podem ocorrer durante as sessões de hemodiálise.

A punção das agulhas na fístula arteriovenosa ou cateter pode causar desconforto ou dor leve no local da inserção. Isso é comum e geralmente diminui à medida que o paciente se acostuma com o procedimento.

Durante a sessão de hemodiálise, é comum ocorrer cãibras musculares. Isso pode ser resultado de mudanças rápidas nos níveis de líquidos, eletrólitos (como sódio e potássio) e minerais no corpo. A falta de circulação sanguínea adequada também pode contribuir para o surgimento de cãibras. O controle adequado da dieta, incluindo a restrição de líquidos e o ajuste dos níveis de eletrólitos, pode ajudar a minimizar esses sintomas.

A queda rápida da pressão arterial, conhecida como hipotensão, também pode ocorrer durante a hemodiálise. Isso pode causar fraqueza, tontura, náuseas ou até mesmo vômitos. Essa queda da pressão arterial pode ocorrer devido à remoção excessiva de fluidos durante o procedimento ou a outros fatores relacionados à circulação sanguínea. É importante seguir a dieta recomendada, limitando a ingestão de líquidos, e tomar os medicamentos prescritos nos horários corretos para evitar complicações.

É fundamental que os pacientes relatem quaisquer sintomas incomuns ou desconfortáveis ao médico responsável pelo seu tratamento de hemodiálise. O médico poderá avaliar o quadro do paciente, ajustar o tratamento e fornecer orientações adicionais para melhorar o conforto e minimizar os sintomas durante as sessões de hemodiálise.

Cada paciente é único, e a experiência durante a hemodiálise pode variar de pessoa para pessoa. O acompanhamento médico regular e a comunicação aberta com a equipe de cuidados são essenciais para garantir um tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida durante o processo de hemodiálise.

O que muda na vida da pessoa que faz a hemodiálise?

Receber a notícia de que é necessário iniciar o tratamento de hemodiálise pode ser emocionalmente desafiador tanto para o paciente quanto para a família. É importante que todos tenham conhecimento sobre a hemodiálise e o impacto que terá na vida do paciente, a fim de oferecer um apoio adequado durante o tratamento.

Além do suporte profissional de psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, o apoio da família desempenha um papel fundamental na aderência do paciente ao tratamento. Compreender a rotina do paciente, estar disponível para acompanhá-lo às sessões e oferecer apoio emocional e prático pode ajudar a tornar o processo mais gerenciável e confortável.

A hemodiálise geralmente requer que o paciente compareça à clínica de três a quatro vezes por semana, por várias horas a cada sessão. Isso pode resultar em uma nova rotina, exigindo que o paciente ajuste suas atividades e compromissos para acomodar o tratamento. No entanto, muitos pacientes conseguem conciliar a hemodiálise com suas vidas profissionais, cuidados domésticos e estudos, desde que gerenciem seus horários de forma adequada.

Os cuidados com a dieta, medicação e acompanhamento médico são aspectos essenciais do tratamento de hemodiálise. As orientações sobre a dieta alimentar, hidratação e atividade física serão fornecidas pelos profissionais de saúde, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente. Embora a hemodiálise seja um tratamento contínuo, muitos pacientes conseguem manter uma boa qualidade de vida e continuar realizando suas atividades habituais.

É importante que o paciente siga as recomendações médicas, tome seus medicamentos conforme prescrito, monitore sua dieta e compareça às consultas médicas e sessões de hemodiálise regularmente. Dessa forma, é possível ter um melhor controle da condição renal e buscar uma qualidade de vida satisfatória, mesmo com o tratamento de hemodiálise em andamento.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemodi%C3%A1lise